26 fevereiro 2007

Economic Intifada?


Agora imaginem...




24 fevereiro 2007

Politicamente Correcto [1]


de ~deviantpt.

16 fevereiro 2007

Falta uma nova liderança ao Bloco

Há uma verdade para mim incontornável, que é a de que todos os políticos têm o seu tempo. A meu ver existem 3 condicionantes principais que podem encurtar o tempo de cada político, ao causar mais desgaste à sua imagem.

1. A mensagem que cada líder tenta passar, e a maneira como o faz. Como Louçã sempre teve um estilo muito agressivo, frontal e de confronto, e a sua mensagem sempre foi uma de ruptura para com os poderes instituídos, a sua imagem desgasta-se mais rapidamente do que a de um político mais comedido, como por exemplo Blair.

2. Natureza do partido- Sendo o BE na minha opinião um partido mais vocacionado para causas específicas do que para assumir o poder( partido catch-all), o seu líder tem de ser alguém que não se preocupe em agradar a gregos e troianos. Louçã cumpriu o seu papel muito bem e fez do BE um partido credível, capaz de ombrear com os tradicionais 4. Ao expor-se tanto... teve mais desgaste.

3. tipo de eleitorado- O eleitorado base do BE é muito variável, o que faz com que seja mais importante ainda que a imagem e mensagem do líder não perca o sentido. Passo a explicar. Por exemplo a base de apoio do PCP é constante e de certo modo imutável. São os velhos operários, o Alentejo rural.... São pessoas que toda a vida apoiaram o partido...
O CDS é apoiado pelos Burgueses, Cristãos e por todos aqueles que desejam que o Salazar seja considerado o maior Português.
Mesmo o Psd e o PS têm uma base de apoio mais segura que o BE. Apesar de serem partdos catch-all ( dirigidos a todo o eleitorado) têm bases de apoio sólidas que vêm do seu trabalho desde 74. Desde os Soaristas que são leais devido ao facto de termos entrado na Europa pela sua mão, e que continuam a votar PS, aos saudosistas que vêem na morte de Sá Carneiro uma justificação para votar PSD ad eternum.

O BE não tem na sua base de apoio lealdade construída através da força de hábito como todos os outros partidos têm. A base de apoio do Bloco consiste na juventude insatisfeita com o rumo e as alternativas presentes, nos intelectuais que desejam outro modo de serem governados, ou na população dos centros urbanos que deseja com o seu voto manifestar desagrado para com os poderes instituídos.

Devido à falta de um apoio constante, o líder tem um papel mais importante. Se é um facto que grande parte do que é o BE hoje deve-se sem dúvida à liderança capaz de Louçã, não deixa de ser verdade também que a sua liderança já perdeu a pujança e a novidade de outros tempos, o que a meu ver enfraquece acima de tudo o partido.

Louçã acordou o País com a sua crítica inteligente e incessante, mas agora a liderança necessária é outra. A recente campanha do aborto mostra claramente que Louçã se está a desfazar da realidade e a disparar para todos os lados sem sentido. Primeiro usa a palavra terrorismo na mesma frase em que fala sobre os movimentos do não, e depois na altura da vitória sai-se com a pérola de que os católicos votaram sim. Qual a necessidade de provocar quando se ganha, e aonde é que ele arranjou essa estatística?

Confesso que sempre admirei Louçã e ele foi sem dúvida uma lufada de ar fresco na política nacional. Contudo, eu prefiro lembrar-me do Louçã do inicio, aquele que engrandeceu o bloco com a sua critica inteligente e mordaz, do que assistir à sua transformação no Octávio Machado da política a disparar para todos os lados com pouco nível e ainda menos sentido.

Sr Louçã, fica o agradecimento por ter sido o despertador do nosso povo. Por obrigar-nos a ouvir verdades inconvenientes, e a abrir os olhos perante centenas de injustiças que todos os dias assolam o nosso País. Contudo, perceba que o seu trabalho está acabado e que chegou a altura da renovação. Não se arraste, saia por cima!

The final word

Is truth the final word. He arrived home late, walked up the stairs, kissed his children goodnight. He didn't feel any different before or after doing it. It was just another routine. He felt no love in the action. He went back down to the fridge. Took out some milk. Another routine he wasn't thirsty. Sat on the kitchen table and started thinking about it. His wife was upstairs in bed. Another routine waiting to be fulfilled. He thought about it. Went and sat on the couch, turn on the box. Background noise... He couldn't give a fuck. He spilt some milk on the couch. Damn velvet cushions. She was going to kill him. He looked at the white puddle, didn't do anything about it just watched the milk sinking in. He knew he was in for trouble. He thought, well I'm doomed already, better get some fun out of it. He tipped the glass over and spilt poured the rest of the milk all over the place. Now this is fun. I wish I could have mor fun more often. The routine. The dry kiss in the morning, the have a good day, the take care at school, the same everyday. He went out into the garden, left the telly on. Took his car keys out of his pocket. He had a good job and a nice mercedes. Sat inside turned the engine on and drove it over the lawn and crammed it into the garage door. Now that was fun too. His wife would wake up now and he was going to have to hear about it. The yelling, the complaints, the misunderstanding, he knew she would be circumstancial analyzing each and every action and she wouldn't think about him or the why behind it all. He turned the ignition on again, pushed the blown-up airbag to the side and reversed into the street. He looked at the front door, she was just coming out of the front door. She stared at the car with its front all done in, she looked at him, he looked at her. In his mind he said goodbye. He put his foot down and drove the car over the lawn smack into the front door catching her by the waist. Her head bent over bang into the hood of the car, his head flew out of the already broken window and smack into the front door and then down on top of hers. And there they lay. Fainted, with her head on the cold hood of the car and a warm trickle of blood, his head on top of hears with the same blood flowing into her hair and left ear joining the streak of her blood. Finally together again, as one, out of the routine, together for life, better and worse. The neighbours lights started lighting up while their own lights slowly faded out. They finally felt together again. Is the final word the truth.

15 fevereiro 2007

Humma la humma la humma

And he said...
Humma la humma la humma
It's a bumma la humma la humma
And she said...
Don't leave your socks spread all over the house...
I can't live like this
he said....
Humma la humma la humma
I must get ou of here and runna la humma la humma la humma
she said...
Don't forget allimony you son of a bitcha
la bitcha la bitcha
he said...
humma la humma la humma
i want my momma la humma la humma la humma
she said...
i ain't your momma
neither your waifa, so watch out coz i got a knaifa...
he said
humma la humma la humma
bitch, watch my blood runna la humma la humma
she said
dog, you ain't gonna humma no more
now that you're spread out flat on the floor
humma la humma la humma

13 fevereiro 2007

Sonhos

Esta noite passou-se assim:

Dei por mim dentro de uma loja, daquelas lojas de coisas que não servem para nada e que são normalmente geridas por pessoas que decidiram viver à margem da sociedade. A loja podia perfeitamente ser encaixada no Bairro Alto, mas esta não era. Fazia me lembrar camden town, por entre aquelas ruas esconças em que a porta dá directamente para um espaço aberto com muitas pessoas a vaguear para cima e para baixo.

Dei por mim dentro da loja a olhar para um cesto pequeno com porcarias lá dentro, entre as quais uns filtros para cigarros pretos com os desenhos das pintas de um dado. Achei piada e quis-levá-los. Comecei à procura e não encontrei o dono, entretanto encontrei mais algo que achei piada, não me recordo do que era. Sei que estava algo ansioso por pagar e como o homem não aparecia instalou-se em mim a dúvida se valia a pena esperar ou simplesmente meter os papeis e o resto no bolso.

Ao tentar vi que tinha um bolso cheio e que ficavam à vista os papelões, tentei meter no outro... a mesma coisa. Ao procurar os meus bolsos que aparentemente estavam cheios vi que num deles tinha um maço de notas. Kwanzas. Comecei a ficar nervoso e a ter dúvidas quanto à minha ideia brilhante de levar as cenas sem as pagar.

Acometido por um acesso de lucidez fui à rua chamar o homem. Ele entrou. Era um senhor velho careca em cima e com cabelo branco comprido a fazer um rabo de cavalo, com barba também ela branca e vestia um colete de cabedal. Um cliché, eu sei. Ele entrou.

Aí eu disse que queria pagar as coisas que ia levar. Ele disse que tudo bem... Apagão...

Cena seguinte. Estão um rol de artefactos no chão e ele a fazer a conta...entre eles, uma máquina de barbear antiga uma de rapar o cabelo, uma lâmpada, um abat jour, três pastas, os tais filtros de cigarro e mais umas coisitas...

Pânico...Comecei a dizer que não queria as coisas e que só queria os papelões, o homem não me ouviu, continuou a fazer as contas.

Acho que era a minha consciência a castigar-me no sonho...

Então decidi tentar poutra estratégia, perguntei o que ele tinha dentro das pastas. Respondeu que eram cd's. Abri, os cd's eram feitos de uma pasta de papel gelatinosa, ou seja, não eram duros. A música que tinham era toda revivalista, grateful dead, jefferson airplane, led zeppelin etc... Ao passar a mão pelos cd's eles juntavam-se uns aos outros e a minha mão passava por entre eles....

Estranhissimo... Lembro-me de ficar com esta sensação a percorrer-me os dedos durante algum tempo e aí acordei...

Olá Mundo, voltei!

Passados 77 dias e alguns aborrecimentos, volto a ter acesso à internet a partir de casa.
Claro que no escritório sempre dava para estar a par das coisas importantes: que o Pinto da Costa escolhe melhor jogadores que namoradas, que o Manuel Pinho não sabe falar chinês e até, mais recentemente, que o Mendonça eliminou o Benfica.
Parece que até se pode abortar em Portugal...
Agora chego aqui e obrigam-me a pôr passwords novas e mariquices do Google, sempre ressalvando que o blog vai ficar exactamente na mesma.
Co-bloggers: são capazes de ter que fazer qualquer coisa também, só não sei o quê, já que me prometeram que isto fica na mesma...
77 dias...
E antes tivesse sido só isto a mudar.

08 fevereiro 2007

to...rtura or not to...rtura. Eis a questão

Já chega de assistirmos impávidos e serenos à contìnua tortura de pessoas culpadas ou inocentes, que mais não faz que legitimar todos aqueles que andem por aì a decapitar cabeças como se andassem a abrir melancias. Nós continuamos a descer e a fazermo-nos mais vulneráveis. Depois de tantos erros e tranta barracada ainda não se percebeu que:

1- a tortura não leva a lado nenhum e que confissões obtidas através de uma prática tão ignóbil como essa têm de validade absolutamente NADA!

2- A política externa ocidental levada a cabo tanto no Iraque, como na Palestina ou em África demonstra que o nosso passatempo favorito em vez de ser ajudar a tornar sociedades falhadas em algo melhor, é precisamente o oposto....

o status quo actual em que vivemos bem com base no insucesso de outros é o motor e a finalidade da nossa maneira de ser. Obviamente isto não pode ser assumido abertamente, mas quem è que hoje em dia acredita seriamente no nosso espirito altruista?

estatística curiosa!

dos cerca de 800 "terroristas" que já passaram por Guantanamo só 8 foram formalmente acusadas de qualquer crime e nenhuma foi considerada culpada!

Parece algo insuficiente se é lá que estão supostamente os elementos mais perigosos, mais terroristas e mais tudo segundo Bush, ao ponto de dar carta branca para que se torture como se não houvesse amanhã.

Já agora um filme curioso sobre este tema que aconselho é: Road to Guantanamo, cuja tradução creio ser 'Caminho para Guantanamo.' Este filme relata a viagem de três ingleses que foram ao Paquistão para um casamento e acabaram em Guantanamo durante cerca de 3 anos.

A pergunta que fica para todos é simples: " Até onde estaremos dispostos a ir em nome da Segurança?"