Uma semana em bruxelas e 4 dias em Espanha, espalhados entre Valência e Madrid, e o engraçado (no sentido trágico-cómico) é que a única diferença que encontrei foi nas marcas de cerveja vendida.
Espera-se que as incursões futuras sejam um pouco mais culturais...
30 junho 2006
Houve quem disse...
Que queria que a Inglaterra e Portugal perdessem os dois!
É que se o futebol é o melhor que Portugal tem, é também o pior da Inglaterra.
Os extremos que definem a loucura que gira em volta da bola...
É que se o futebol é o melhor que Portugal tem, é também o pior da Inglaterra.
Os extremos que definem a loucura que gira em volta da bola...
28 junho 2006
16 junho 2006
Uma forma porreira de matar
Seria aproveitar as traças todas que sobraram da praga... criá-las e largá-las a meio da noite no quarto de alguém...
Eu sei, tem um pouco do maluco das borboletas do "Silêncio dos Inocentes", mas a imagem é própria e pertence em exclusivo ao meu refinado cérebro...
Obrigado
Eu sei, tem um pouco do maluco das borboletas do "Silêncio dos Inocentes", mas a imagem é própria e pertence em exclusivo ao meu refinado cérebro...
Obrigado
12 junho 2006
08 junho 2006
A vantagem de jogar em casa
A natureza desta Guerra é tão preversa que a morte de Zarqawi pode ter efeitos positivos também para a al-Qaeda. Passo a explicar: Para aqueles que vêem Zarqawi como um mártir, a sua morte pode despoletar o 'dever' para muitos seguidores e simpatizantes, de se alistarem nas fileiras da al-Qaeda ou contribuirem para a causa de forma mais directa.
Também não me admirarei se, em consequência desta morte, a al-Qaeda responder com ainda mais furor e determinação. O fim desta guerra que não se pode vencer, ao contrário do que pensam os mais optimistas, não está perto.
Só há um final possível para este terrível e sangrento conflicto, e esse passa pelo abandono total das forças de ocupação. Quando isto acontecerá ainda é incerto, mas só depende de nós, não dos outros!
Nós temos pressa em ir embora, eles não. É a vantagem de jogar em casa!
Também não me admirarei se, em consequência desta morte, a al-Qaeda responder com ainda mais furor e determinação. O fim desta guerra que não se pode vencer, ao contrário do que pensam os mais optimistas, não está perto.
Só há um final possível para este terrível e sangrento conflicto, e esse passa pelo abandono total das forças de ocupação. Quando isto acontecerá ainda é incerto, mas só depende de nós, não dos outros!
Nós temos pressa em ir embora, eles não. É a vantagem de jogar em casa!
Que Surpresa...
Antes que os governos de Bush e Blair tivessem tempo de nos dizer pela enésima vez que finalmente ganharam a SUA guerra contra o terrorismo, lá veio a al-Qaeda com a sua regularidade habitual explicar-nos que continuariam com a mesma dedicação de sempre a fazer o que lhes compete....
Mais depressa acredito em deus, fadas e afins, do que na possibilidade de se vencer uma guerra contra o terrorismo global. Mas enfim, o que é que se pode fazer....
Mais depressa acredito em deus, fadas e afins, do que na possibilidade de se vencer uma guerra contra o terrorismo global. Mas enfim, o que é que se pode fazer....
O elo mais fraco...
Porque é que quase sempre que um blogger masculino decide fazer um post com uma fotografia de uma mulher sente a necessidade tremenda de começar esse mesmo post com:
"Eu não costumo postar este tipo de fotos..." ou
"não sou nada de fotos de gajas" etc...
"Eu não costumo postar este tipo de fotos..." ou
"não sou nada de fotos de gajas" etc...
Elogio à eficiência
Trabalhar em consultoria significa trabalhar nas instalações do cliente. As pessoas que ficam no escritório, 80% delas não têm nada para fazer, e no entanto...
... eu nunca vi uma imagem de eficiência tão vincada como quando passo um dia no escritório. As pessoas não falam, andam de forma rápida e brusca pelos corredores, olham para o chão e quando sentados para o computador. É raro ver páginas de internet abertas e ouvir um sorriso nem pensar (a última vez que isso aconteceu foi em 1993).
Ora que isto dava um belo elenco para o próximo do Filipe LaFéria...ai isso dava...
... eu nunca vi uma imagem de eficiência tão vincada como quando passo um dia no escritório. As pessoas não falam, andam de forma rápida e brusca pelos corredores, olham para o chão e quando sentados para o computador. É raro ver páginas de internet abertas e ouvir um sorriso nem pensar (a última vez que isso aconteceu foi em 1993).
Ora que isto dava um belo elenco para o próximo do Filipe LaFéria...ai isso dava...
A pensar nos meus posts...
Vem-me uma palavra à cabeça e que eu julgo estar a ocupar grande parte do meu cérebro...
SARRO...
Mais, acabo de descer do café/cantina da empresa, que deve ser o espaço mais caro de lisboa onde ter um café, o 13º piso de uma das torres das amoreiras, e estava a tocar o tainted love dos "Soft Cell"
Sometimes I feel I've got to
Run away I've got to
Get away
From the pain that you drive into the heart of me
The love we share
Seems to go nowhere
And I've lost my light
For I toss and turn I can't sleep at night
Eles também deveriam ter muito SARRO, mas mais SARRO ainda deve ter o responsável por colocar estas músicas a tocar no bar de uma empresa tão brilhantemente Corporate como esta onde eu trabalho...
SARRO...
Mais, acabo de descer do café/cantina da empresa, que deve ser o espaço mais caro de lisboa onde ter um café, o 13º piso de uma das torres das amoreiras, e estava a tocar o tainted love dos "Soft Cell"
Sometimes I feel I've got to
Run away I've got to
Get away
From the pain that you drive into the heart of me
The love we share
Seems to go nowhere
And I've lost my light
For I toss and turn I can't sleep at night
Eles também deveriam ter muito SARRO, mas mais SARRO ainda deve ter o responsável por colocar estas músicas a tocar no bar de uma empresa tão brilhantemente Corporate como esta onde eu trabalho...
Formas porreiras de morrer...
Tenho andado a pensar nisto... E noutras como formas interessantes de matar...
Sinto uma necessidade enorme em partilhar.
Sinto uma necessidade enorme em partilhar.
Neste filme, que não é grande pedra mas distrai, o "House of Sand and Fog", Ben Kingsley, que é um General de um país do médio-oriente caído em desgraça, no final decide sentar-se com a mulher no terraço e drogar o chá que lhe serve.
Depois, leva-a e deita a na cama, veste-se com a sua farda de gala e embrulha um saco de plástico na cabeça, deitando-se ao lado dela. Adormecem os dois tranquilos, lado a lado.
O que me fascina é a poética do fim da vida deles. Na cama, ao lado um do outro, sem nenhum problema pela frente.
07 junho 2006
Chicala Paraíso
Parte I
Da Cultura
A música cabo-verdiana que toca no Chicala merece ser ouvida. Tem nos seus melhores dias e nas melhores horas da noite bons intérpretes. Nos outros tem arrivistas, se é que lhes podemos chamar assim, que gostam de tentar uma mistura de canto, com graça com álcool e o resultado quase sempre é uma triste figura. Nalguns casos gera momentos de humor, mas de humor categoria B que tanto pode ser experimentado no Chicala como noutro sítio qualquer. Cantores que gozam com o fado misturando o de forma brejeira nas melodias cabo-verdianas que saem da guitarra do Rui Jorge. Cantores que gritam e esbracejam para esconder a sua falta de capacidade de cantar e por aí fora. Nessas alturas é quando a conversa rola com menos medo de interromper o que quer que seja.
No entanto, e mesmo nessas alturas, os músicos levam-se muito a sério e sentem-se ofendidos com tal afronta.
Dizem-me outros cabo-verdianos, que os músicos da sua terra gostam de sentir a importância que têm e gostam de usufruir do seu estatuto. Gostam de parar durante vinte minutos ao fim de três músicas e fingir que afinam instrumentos. Gostam de mostrar que já estão esgotados do serviço que prestam antes ainda de ter passado meia-hora da prestação. É este o lado mais obscuro do Chicala. É que muitas vezes estas pausas ou ofensas geram burburinhos no público e acabam por gerar confrontos desnecessários e ofensas próprias de noite avançada. Verdade é também, que só uma vez vi estes arrufos acabar mal. Mas mancham com nódoa de vinho o estatuto sublime de outra forma inteiramente merecido.
Da Cultura
A música cabo-verdiana que toca no Chicala merece ser ouvida. Tem nos seus melhores dias e nas melhores horas da noite bons intérpretes. Nos outros tem arrivistas, se é que lhes podemos chamar assim, que gostam de tentar uma mistura de canto, com graça com álcool e o resultado quase sempre é uma triste figura. Nalguns casos gera momentos de humor, mas de humor categoria B que tanto pode ser experimentado no Chicala como noutro sítio qualquer. Cantores que gozam com o fado misturando o de forma brejeira nas melodias cabo-verdianas que saem da guitarra do Rui Jorge. Cantores que gritam e esbracejam para esconder a sua falta de capacidade de cantar e por aí fora. Nessas alturas é quando a conversa rola com menos medo de interromper o que quer que seja.
No entanto, e mesmo nessas alturas, os músicos levam-se muito a sério e sentem-se ofendidos com tal afronta.
Dizem-me outros cabo-verdianos, que os músicos da sua terra gostam de sentir a importância que têm e gostam de usufruir do seu estatuto. Gostam de parar durante vinte minutos ao fim de três músicas e fingir que afinam instrumentos. Gostam de mostrar que já estão esgotados do serviço que prestam antes ainda de ter passado meia-hora da prestação. É este o lado mais obscuro do Chicala. É que muitas vezes estas pausas ou ofensas geram burburinhos no público e acabam por gerar confrontos desnecessários e ofensas próprias de noite avançada. Verdade é também, que só uma vez vi estes arrufos acabar mal. Mas mancham com nódoa de vinho o estatuto sublime de outra forma inteiramente merecido.
inho... o problema z...inho
Alguém alguma vez respondeu à pergunta assim:
"Estou em casa só!"
Resposta - Não, porque quando dizemos que estamos sozinhos queremos que tenham pena de nós...
Sou um coitadinho, estou sozinho a beber o meu cházinho e a dar festas no meu gatinho!!!
SÓ é muito machão!!!
"Estou em casa só!"
Resposta - Não, porque quando dizemos que estamos sozinhos queremos que tenham pena de nós...
Sou um coitadinho, estou sozinho a beber o meu cházinho e a dar festas no meu gatinho!!!
SÓ é muito machão!!!
7 de Junho...
1991 In Britain, Bill Morris becomes the first black trades union leader in the UK - being elected Secretary-General of the Transport and General Workers Union.
1942 Publication of the first Superman comic.
1862 Britain and the United States of America sign a treaty for the suppression of the slave trade.
E em Portugal, no dia 7 de Junho de 2006 os monos dos neo nazis vão-se manifestar para a rua. Juntamente com a polícia. Estamos bem entregues...
1942 Publication of the first Superman comic.
1862 Britain and the United States of America sign a treaty for the suppression of the slave trade.
E em Portugal, no dia 7 de Junho de 2006 os monos dos neo nazis vão-se manifestar para a rua. Juntamente com a polícia. Estamos bem entregues...
06 junho 2006
A 4ª pedra no meu sapato...
"La Place Rouge était vide
Devant moi marchait Nathalie
Elle avait un joli nom,
mon guide
Nathalie
La Place Rouge était blanche
La neige faisait un tapis
Et je suivait par ce froid dimanche
Nathalie
Elle parlait en phrases sobres
De la Révolution d'Octobre
Je pensais déjà
Qu'après le tombeau de Lénine
On irait au Café Pouchkine
Boire un chocolat
La Place Rouge était vide
Je lui pris son bras, elle a souri
Il avait des cheveux blonds, mon guide
Nathalie, Nathalie
Dans sa chambre, a l'université
Une bande d'étudiants
L'attendait impatiemment
On a ri, on a beaucoup parlé
Ils voulaient tout savoir
Nathalie traduisait
Moscou, les plaines de Krim
Et les Champs-Elysées
On a tout mélangé et on a chanté
Et puis, ils ont débouché
En riant à l'avance
Du champagne de France
Et on a dansé
Et quand la chambre fut vide
Tous les amis étaient partis
Je suis resté seul avec mon guide
Nathalie
Plus d'questions de phrases sobres
Ni d'au Révolution d'Octobre
On n'en était plus là
Fini le tombeau de Lénine
Le chocolat de chez Pouchkine
C'est, c'était loin déjà
Que ma vie me semble vide
Mais je sais qu'un jour à Paris
C'est moi qui lui servirai de guide
Nathalie Nathalie"
E hoje é esta que não me sai da cabeça... Acordei de manhã assim...
Podia ser pior.
Devant moi marchait Nathalie
Elle avait un joli nom,
mon guide
Nathalie
La Place Rouge était blanche
La neige faisait un tapis
Et je suivait par ce froid dimanche
Nathalie
Elle parlait en phrases sobres
De la Révolution d'Octobre
Je pensais déjà
Qu'après le tombeau de Lénine
On irait au Café Pouchkine
Boire un chocolat
La Place Rouge était vide
Je lui pris son bras, elle a souri
Il avait des cheveux blonds, mon guide
Nathalie, Nathalie
Dans sa chambre, a l'université
Une bande d'étudiants
L'attendait impatiemment
On a ri, on a beaucoup parlé
Ils voulaient tout savoir
Nathalie traduisait
Moscou, les plaines de Krim
Et les Champs-Elysées
On a tout mélangé et on a chanté
Et puis, ils ont débouché
En riant à l'avance
Du champagne de France
Et on a dansé
Et quand la chambre fut vide
Tous les amis étaient partis
Je suis resté seul avec mon guide
Nathalie
Plus d'questions de phrases sobres
Ni d'au Révolution d'Octobre
On n'en était plus là
Fini le tombeau de Lénine
Le chocolat de chez Pouchkine
C'est, c'était loin déjà
Que ma vie me semble vide
Mais je sais qu'un jour à Paris
C'est moi qui lui servirai de guide
Nathalie Nathalie"
E hoje é esta que não me sai da cabeça... Acordei de manhã assim...
Podia ser pior.
04 junho 2006
02 junho 2006
A 3ª pedra no meu sapato...
"Passamos a vida a cuidar de nós próprios, a recolher, a guardar, a olhar para um lado e para o outro e, ao mesmo tempo a correr, a correr desesperadamente, a correr como se estivessemos numa daquelas gincanas em que é preciso equilibrar o ovo na colher de pau. E por vezes ficamos fartos do ovo, enjoados, e nessas alturas preferimos fazer um pacto com o diabo, com aquilo a que chamam as forças obscuras que correm de colher na mão, sem tirar os olhos do ovo, temendo pelo ovo. O homem é frágil e precário, precisa de tudo nas doses correctas - água, ar, alimento; não pode comer tronquinhos e pedras; tem de impedir que os seus ossos se quebrem e que a sua gordura derreta. Isto e aquilo. Armazena açúcar e batatas, esconde dinheiro debaixo do colchão, resguarda os seus sentimentos sempre que pode, esforça-se, toma precauções. Isso, poderia dizer-se, a bem do ovo. Então, morrer é deteriorar? Estragar? E o juízo final o derradeiro teste? Leventhal riu e esfregou a cara. Havia também o oposto, jogar à apanhada com o ovo, ameaçar o ovo."
Saul Bellow, "A vítima"
E continuo assim a encher a pedra com sapatos...
Saul Bellow, "A vítima"
E continuo assim a encher a pedra com sapatos...
E qual a diferença entre fado e futebol?
No futebol ao menos não acabamos TODOS os jogos a chorar...
Qual a diferença entre fátima e futebol?
No futebol ao menos não somos obrigados a ficar com os joelhos todos em ferida...
Talheres... Ou Talheirismos...
Come-se a sopa à colherada...
Come-se a carne à garfada...
E acaba-se o jantar...
À FACADA...
Come-se a carne à garfada...
E acaba-se o jantar...
À FACADA...
mais do mesmo....
Mais uma nomeação brilhante!
Parece que do outro lado do Atlântico continuam crentes de que tudo vai bem, e que portanto há que continuar com a mesma política sem alterar rigorosamente nada! Nem o descontentamento visível de grande parte da população norte americana consegue mover Bush e a sua administração!
Meus amigos, o Mundo hoje em dia é governado brilhantemente pelo que, carinhosamente, chamo 'Grande Avestruz!' Vamos ver se alguém em Hollywood se inspira e faz uma saga!
Felizmente, já faltou mais para esta saga nefasta chegar ao fim.
Parece que do outro lado do Atlântico continuam crentes de que tudo vai bem, e que portanto há que continuar com a mesma política sem alterar rigorosamente nada! Nem o descontentamento visível de grande parte da população norte americana consegue mover Bush e a sua administração!
Meus amigos, o Mundo hoje em dia é governado brilhantemente pelo que, carinhosamente, chamo 'Grande Avestruz!' Vamos ver se alguém em Hollywood se inspira e faz uma saga!
Felizmente, já faltou mais para esta saga nefasta chegar ao fim.
Chicala-Paraíso
Intro.
A Chicala é uma zona residencial de Luanda. Fica do lado esquerdo depois de se apanhar a estrada para a ilha de Luanda. Mas essa zona residencial tem uma casa muito especial. Uma casa sem nome que todos chamam de Chicala. A casa é uma casa típica portuguesa dos anos 70, com dois andares e um pequeno pátio à frente. Até aqui tudo normal, não fosse esse mesmo pátio ficar cheio de pessoas todas as sextas e sábados à noite.
E porquê? Porque o dono da casa, o Rui Jorge é um músico cabo-verdiano nos seus 60 anos que gosta de juntar os seus amigos e tocar para quem lá apareça. E o problema é que a maior parte dos seus amigos são grandes músicos. Músicos sem nome, a fazer lembrar os “unknown soldiers” do Buena Vista Social Club, homens sem fama e muitos sem muito mais que um tecto onde viver. Homens para quem uma medalha entregue por representantes do governo cabo-verdiano aquando da sua última visita ao seu país natal constitui o seu único tesouro. Ouvir o homem da rabeca contar-me como recebeu essa medalha e ouvir a sua descrição da mesma foi um dos momentos de maior intimidade vividos em Angola.
A experiência do Chicala é única. É como encontrar um paraíso no meio de um país que agora desponta para as vontades ocidentais de música bruta e alta, onde as pessoas se perdem pelo meio dos sons grotescos da noite fácil. Contrastando com a tendência da aculturação ao ocidental, aqui todas as noites são especiais. As pessoas são afáveis, rolam conversas à volta de cervejas, as pessoas interagem umas com as outras sem saber muito bem porquê, unidas apenas pelos sons da guitarra do Rui Jorge e da voz do querido Manduka.
Claro que a experiência social do Chicala não passa só por momentos de grande deleite espiritual, e é óbvio que tem os seus segredos obscuros… Esses revelarei em capítulos próximos.
01 junho 2006
A 2ª pedra no meu Sapato
"Tocamo-nos um ao outro, e como? Por golpes de asa,
mesmo à distância sentimos a presença do outro.
Um poeta vive só, mas de vez em quando
surge quem o transporta ao encontro de quem o transportou."
Rilke, Maio de 1926 numa carta escrita a Marina Ivanovna Tsvétaieva.
Acabei de comprar o livro "Correspondência a três" entre Rilke, Tsvétaieva e Pasternak...
Começa bem...
mesmo à distância sentimos a presença do outro.
Um poeta vive só, mas de vez em quando
surge quem o transporta ao encontro de quem o transportou."
Rilke, Maio de 1926 numa carta escrita a Marina Ivanovna Tsvétaieva.
Acabei de comprar o livro "Correspondência a três" entre Rilke, Tsvétaieva e Pasternak...
Começa bem...
Value driven leadership
Num mundo de consultores em que recebemos vídeos quase diários no nosso pc a dizer-nos quão maravilhosa é a nossa empresa...
Eu só posso dizer que sou o kryptonite desta fábrica de super homens...
Eu só posso dizer que sou o kryptonite desta fábrica de super homens...
O Novo Mundo
Fui ontem ver O Novo Mundo do Terrence Malick. A fotografia é uma coisa fabulosa. O filme todo é repleto de imagens que nos transportam para dentro da película. A ternura com que filma os cenários é quase transcendente. A história, da Pocahontas, é também vista de uma perspectiva algo nova e consegue por momentos surpreender. A simplicidade dos personagens, sem nenhum brad pitt nem angelina jolie reforça o cenário de tranquilidade que atravessa o filme todo.
Outra das coisas que me fez gostar do filme foi a gestão do silêncio que Malick faz. Os personagens principais falam muito pouco e conseguem dizer muito mais.
E para ser visto, tem de ser no cinema, senão corre-se o risco de perder grande parte do filme que vive à custa da sua imagem...
Outra das coisas que me fez gostar do filme foi a gestão do silêncio que Malick faz. Os personagens principais falam muito pouco e conseguem dizer muito mais.
E para ser visto, tem de ser no cinema, senão corre-se o risco de perder grande parte do filme que vive à custa da sua imagem...
Almoço em Família
Fui almoçar com um colega da católica. Não sei porquê mas tenho a impressão que, 7 anos após ter terminado o curso e basta um almoço com um deles para saber o que andam todos a fazer...
Estão à espera do segundo filho, a mudar de casa de belém ou da expo para o centro da cidade, estão fartos do emprego, vão passar férias ao brasil e têm uma vida tão excitante como o Canal da TVShop.
Mesmo assim, gostei do almoço. Existe um prazer mórbido em mim de querer saber como é a vida sem sonhos, sem ambições e sem metas... Deixa me bem disposto saber que daqui a sete anos, no próximo almoço, irei descobrir que...
Estão a meio de um divórcio, a mudar de casa para a quinta da marinha, estão com uma crise de meia idade e a comprar porsches ou mercedes, vão passar férias com miúdas de 18 anos e continuam a ter uma vida tão excitante como o Canal da TVShop.
Estão à espera do segundo filho, a mudar de casa de belém ou da expo para o centro da cidade, estão fartos do emprego, vão passar férias ao brasil e têm uma vida tão excitante como o Canal da TVShop.
Mesmo assim, gostei do almoço. Existe um prazer mórbido em mim de querer saber como é a vida sem sonhos, sem ambições e sem metas... Deixa me bem disposto saber que daqui a sete anos, no próximo almoço, irei descobrir que...
Estão a meio de um divórcio, a mudar de casa para a quinta da marinha, estão com uma crise de meia idade e a comprar porsches ou mercedes, vão passar férias com miúdas de 18 anos e continuam a ter uma vida tão excitante como o Canal da TVShop.
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